A semana começou com os mercados em compasso de espera, sem direção definida, na expectativa do resultado da próxima reunião do Open Market Committee, o comitê de política monetária do Fed.
A expectativa dos investidores é que o comunicado, que será publicado na quarta-feira, traga um corte de um quarto de ponto percentual na taxa básica de juros da economia americana. A questão, no entanto, é o que o teor do comunicado sinalizará para o futuro da política monetária americana. O dilema vivido pelo Fed é dos mais difíceis. Ainda não se sabe o tamanho da conta da crise financeira que começou no segmento “subprime” dos financiamentos imobiliários, e comentaristas qualificados continuam dizendo que é muito cedo para dizer que o pior já passou. Essa incerteza com relação às dimensões da crise é um forte argumento para continuar reduzindo os juros.
Por outro lado, o espectro da inflação limita a liberdade de ação do Fed. A alta dos preços de energia e dos alimentos certamente já teria levado a uma elevação dos juros, não fosse o risco de recessão. Essa preocupação com o risco de inflação em alta também pesa sobre as perspectivas para os juros no Brasil. O relatório Focus divulgado hoje pelo Banco Central trouxe novas altas para as expectativas de juros e de inflação. A discussão pública sobre o cada vez mais provável reajuste da gasolina alimentou esse clima de incerteza.
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